Coito Programado:

O coito programado é um método útil para quando as dificuldades são pequenas como dificuldades de ovulação e infertilidade sem causa aparente, o que é muito frequente. É necessário que exista pelo menos uma trompa normal e um sêmen normal. Também recomendo bastante esse método para casais que tem pouca frequência de relações como casais em que um dos cônjuges fica ausente de casa por vários dias.

O coito programado consiste na monitorização da ovulação através da realização de acompanhamento seriado com ultrassom. Faz-se um exame logo após o término da menstruação e depois vai repetindo a cada 1 ou 2 dias até que se verifique a presença da imagem de um folículo pré-ovulatório e da ovulação em seguida, neste momento o médico orienta a relação sexual a ser realizada no dia certo. O coito programado pode ser realizado num ciclo natural, sem nenhuma intervenção, ou em ciclo induzido, onde se induz a ovulação com medicamentos.

As taxas de gravidez por tentativa variam em torno de 20% a depender de cada caso. As vantagens destes métodos mais simples são o custo menor e uma facilidade maior de repetir, caso o resultado seja negativo.

Diagnóstico Genético Pré-Implantacional (PGD):

São técnicas disponíveis para o diagnóstico de vários tipos de doenças genéticas em embriões disponíveis para serem implantados. Dessa forma pode-se transferir embriões que não apresentem a doença investigada. Deve-se, porém, ter a ciência de que não são todas as doenças que são diagnosticadas, apenas algumas, e que um exame normal não garante que a saúde do feto esteja totalmente assegurada.

O risco de bebês com má formação não é descartado por conta da escolha dos embriões, esta é uma idéia que deve ser esclarecida. As técnicas de reprodução humana não garantem que os bebês não tenham anormalidades. Em geral, estas possibilidades se assemelham às chances das gestações obtidas de forma natural, com direito às mesmas alegrias ou desapontamentos.

Criopreservação (Congelamento de espermatozóides):

Esta é a forma mais antiga e consagrada de preservação da fertilidade masculina. O congelamento de sêmen pode ser realizado com facilidade, segurança e bons resultados para homens que desejam ter seu material genético guardado para assegurar a possibilidade de gerar filhos em várias situações, tais como:

– Antes de tratamentos de câncer onde há risco de perda ou grave prejuízo da fertilidade.

– Antes da vasectomia, em casos de homens que querem preservar a possibilidade de ter gerar filhos no futuro.

– Em casos de pacientes jovens ou adolescentes que apresentem doenças que podem afetar a fertilidade como caxumba, varicocele e doenças genéticas.

Criopreservação (Congelamento de óvulos):

O progresso da medicina reprodutiva com o aperfeiçoamento das técnicas de congelamento de óvulos tem possibilitado que as mulheres possam adiar a gravidez de acordo com seus planos de vida. Uma carreira profissional, ou acadêmica, ou mesmo um casamento tardio são exemplos disso.

Quanto mais cedo for feito, melhores são as chances. Idealmente os óvulos devem ser congelados antes dos 35 anos de idade, mas a coleta pode ser realizada a qualquer tempo desde que a paciente ainda seja capaz de produzi-los. É importante saber que, depois de 40 anos os resultados do congelamento já não são os melhores.

O importante é que o congelamento não depende de se ter o parceiro no momento, podendo ser fertilizados na época desejada com o parceiro colhendo o sêmen na hora. Temos até um caso em que a paciente pôde engravidar de um parceiro em uma oportunidade e de outro alguns anos mais tarde, com o mesmo grupo de óvulos congelados.

Criopreservação (Congelamento de embrião):

As técnicas de congelamento de embriões evoluíram muito nos últimos anos. O congelamento por vitrificação possibilitou uma grande simplificação e eficiência do método proporcionando importante melhora nos resultados de gravidez após o descongelamento. Esse método é útil para que se possa, com um único tratamento, repetir tentativas de gravidez com menos trabalho e menos custo. Isso pode acontecer quando se obtém uma gravidez na primeira tentativa e se deseja tentar uma segunda gravidez ou quando ocorre uma falha na primeira tentativa e se recorre aos embriões congelados para se fazer uma nova tentativa.

Mais recentemente tem-se recorrido ao congelamento de todos os embriões (estratégia conhecida como freezeall) para sua utilização em um novo ciclo em condições mais favoráveis para a gravidez. 

Doação de Óvulos: A ovodoação constitui uma das mais eficientes estratégias e, muitas vezes, a única possibilidade de uma mulher conseguir uma gravidez. Este grupo de mulheres é formado por aquelas que precocemente perderam sua capacidade ovulatória ou que se encontram próximas à menopausa, acima dos quarenta anos. São mulheres saudáveis, produtivas, cujo vigor e aparência física são de jovens, mas cujos ovários entraram em falência.

As doações de óvulos no Brasil são permitidas desde que seja preservado o sigilo e o anonimato das doadoras, isto é, as mulheres que recebem os óvulos não podem saber a identidade das suas doadoras.

O sistema mais comum é a doação compartilhada. Nesta situação, uma paciente mais jovem, abaixo de 35 anos, saudável e com boa capacidade ovulatória que apresenta infertilidade por outros motivos, como fator masculino ou doenças nas trompas, e que não tem condições financeiras para arcar com os custos do seu tratamento, poderá doar seus óvulos para uma receptora. A receptora proporciona os recursos financeiros que utilizaria para o tratamento em si mesma para que a doadora realize o tratamento e, ao produzir um número suficiente de óvulos, possa dividi-los, proporcionando que as duas possam engravidar. Trata-se então de uma bela forma de ajuda mútua com a realização do sonho de 2 famílias de uma só vez.

Uma outra possibilidade que ocorre menos frequentemente, e que exige um pouco mais de amor e doação, é a doação em que a doadora simplesmente doa alguns de seus óvulos excedentes para que outra família possa ser iniciada a partir deste seu ato. Essa doação se faz anonimamente e de forma graciosa, sem nenhuma contrapartida do casal que recebe. Aqui apenas se requer uma “dose maior” de amor e grandeza de alma.

A mulher, ou o casal que doa,  deve fazê-lo com verdadeiro e sincero amor ao próximo, à vida e à Deus. Deve imaginar que doou uma parte de sua vida para que outra vida e outra família seja criada. Deve ter um lugar no coração para as pessoas que receberão esses óvulos e uma profunda gratidão por esse privilégio de poder contribuir para criar algo que lhe foi dado de graça por Deus, A VIDA!

A mulher, ou o casal que recebe, deve ter a mais profunda gratidão por esta oferta de vida. Deve dar um lugar de muito amor no seu coração para as pessoas desconhecidas que lhe proporcionaram um filho, sem nenhum ressentimento com a vida em relação à dificuldade, mas com todo o agradecimento pela obra de Deus estar sendo realizada desta forma.

Doação de embriões:

A doação de embriões ocorre quando casais optam por doar seus embriões que foram congelados em um tratamento de fertilização in vitro prévio. Muitas vezes o casal consegue a desejada gravidez e ficam com embriões excedentes aos quais é necessário se dar um destino. A recepção desses embriões excedentes para muitos casais é a única forma de se conseguir uma gravidez. Por exemplo, um casal cuja mulher com menopausa precoce que tem como parceiro um homem com grave alteração do sêmen pode se beneficiar desse processo e formar sua família.

Doação de Sêmen:

Existem laboratórios que colhem e armazenam sêmen de doadores que são pessoas saudáveis que são submetidas a vários exames, como se fossem doadores de sangue. A doação no Brasil é anônima. Por determinação legal os doadores não tem sua identidade divulgada, mas suas características como peso, altura, cor da pele, cor dos olhos, cor dos cabelos, tipo sanguíneo, profissão e outras podem ser conhecidas e assim escolhidos.